João Baird e “laranjas” viram réus

João Baird e “laranjas” viram réus por esconderem milhões no Paraguai

Antônio Celso Cortez e Romilton Rodrigues de Oliveira, considerados parte da organização criminosa por agirem como “testas de ferro” de Baird, também são citados na denúncia

Anahi Zurutuza


João Baird, quando foi alvo da 5ª fase da Lama Asfáltica e prestou depoimento na sede da PF (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)

A Justiça Federal em Mato Grosso do Sul (MS) aceitou mais uma denúncia contra o empresário João Roberto Baird. Ele é acusado de evasão de divisas por ter escondido milhões no Paraguai.

Antônio Celso Cortez e Romilton Rodrigues de Oliveira, considerados parte da organização criminosa por agirem como “testas de ferro” de Baird, também viraram réus na ação resultado das 5ª e 6ª fases da Operação Lama Asfáltica.

De acordo com as investigações, entre 2015 e 2016, Romilton Oliveira, que por anos foi funcionário registrado pela esposa de Baird, recebeu no país vizinho depósitos que somaram R$ 4,1 milhões. Ele também é sócio de empresa em Pedro Juan Caballero, que era usada no esquema, acusa o MPF (Ministério Público Federal.

O mesmo inquérito aponta que Baird e Antônio Celso – dono “no papel” da PSG Tecnologia, que na verdade seria do outro empresário – remeteram, sem autorização legal, pelo menos R$ 1,7 milhão para o Paraguai, entre junho e setembro de 2017, utilizando doleiros.

A denúncia é embasada em documentos apreendidos pela Polícia Federal na 5ª fase da Lama Asfáltica, deflagrada em novembro de 2017. O esquema, porém, veio à tona em novembro do ano passado, quando PF foi às ruas com a

Computadores de Lama, que levantava provas da existência de uma “teia de empresas” usadas para dissimular pagamento de propinas em troca de contratos e isenções fiscais concedidas pelo governo estadual na área de informática.

O MPF finaliza a denúncia destacando que João Baird, Antônio Cortez e Romilton Rodrigues são velhos conhecidos da Operação Lama Asfáltica. “E a relação entre eles, como pode ser visto, está muito longe de ser meramente casual”, diz o texto.

Além da condenação dos denunciados, a acusação requer que sejam fixados valores mínimos para reparação dos danos causados, de R$ 8,5 milhões para Baird; R$ 1,9 milhão para Antônio Cortez e R$ 6,5 milhões para Romilton Rodrigues.

Fonte: campograndenews.com.br 02/05/2019